sexta-feira, julho 07, 2006

(...) O principezinho lá foi ver as rosas outra vez. - Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! Vocês ainda não são nada - disse-lhes ele. - Não há ninguém preso a vocês e vocês não estão presas a ninguém. A minha é muito mais importante, porque ela é a minha rosa.
É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por tudo o que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa... "

É lindo! O mais importante na vida é o que sentimos, mas nem por isso é necessário ver, tocar, ou mesmo cheirar. Porque está guardado dentro do nosso coração, todo o sentimento.
Ás vezes é como se sentisse o meu avô perto de mim, mesmo ao meu lado, e quando choro é como se ele me limpasse todas as lágrimas.. E assim as pessoas que morrem continuam perto de nós, mesmo que não as vejamos. Aliás, há (quase de certeza) tanta coisa a nossa volta que os olhos não conseguem ver. É bom sentir-me protegida... É bom pensar que tenho um anjo da guarda sempre ao meu lado. É bom pensar que o mundo é melhor do que realmente é. Temos que sonhar, sonhar bastante , porque se lutarmos acabamos por conseguir, porque Deus ajuda os lutadores e a fé vence todas as barreiras.
Ás vezes bate um medo de ficar sozinha neste mundo... quase que choro so de imaginar... É necessário criar laços, não deixar que as amizades acabem, mas para isso é preciso cultivá-las, porque na vida cada um é apenas um, mas todos juntos fazemos o mundo. Toda a gente precisa de alguém, é tão egoista pensar que não precisamos de ninguém, é egoista e triste. Porque a única coisa que levamos deste mundo são os momentos que passamos com as pessoas, os lugares que vimos, os sentimentos que sentimos. O resto, tudo o resto, é apenas o que resta, o que fica cá, o que não tem valor diante da gradiosidade dos sentimentos.

*Our love is like the wind, i can´t see it, but i can feel.*

terça-feira, julho 04, 2006

Representar é compor a alma de alguém

As vezes sinto-me frágil no meio da incerteza que me envolve. Que na realidade envolve tudo e todos, porque ninguém sabe o que vai acontecer daqui para a frente. Ás vezes penso, quão é estupido haver problemas, tudas as coisas e acções deviam ser soluções, porque pode não haver amanhã. É demasiado homicida pensar assim... Eu mesma já tentei, mas não consigo deixar de o fazer. Queria poder pensar que a morte não existe e que nunca vou separar-me das pessoas que me preenchem.

Enfim... Ontem li "Representar é compor a alma de alguém" Fascinante não?
É realmente maravilhoso poder fazer isso... Tenho de o fazer, é como se uma necessidade forte me cativasse a representar. Não sei explicar, parece que já o fiz em alguma parte da minha ou minhas outras vidas, isto é, se já tive outras vidas. Mas como já ouvi, se o corpo morre e a alma é imortal, então seriam tantas almas... então será que a nossa alma é fractura de uma outra alma que já existiu? Então será que é por isso que somos seres tão imperfeitos? Quem sabe... Não interessa, sei que me fascina e por isso o interesse por Psicologia e Representação, acho que as duas coisas se completam.

(Com quantas almas a minha alma se cruza?)

Vou deixar uma frase que me tem torturado o dia todo, mas que aprendi a recebe-la com naturalidade....
A vida corre e muitas vezes temos tendência a cair nos abismos, mas com a demonstração da pura realidade começamos a cortornar as curvas, sem medo de nos "estaparmos" na primeira árvore que aparece.